“De um certo ponto adiante não há mais
retorno.Esse é o ponto que deve ser alcançado” (Franz Kafka)
À margem do que somos, os caminhos são percorridos e nos perpassam... como alternativas fugazes que se desdobram em transitoriedades.
À margem do que somos, os caminhos são percorridos e nos perpassam... como alternativas fugazes que se desdobram em transitoriedades.
Eles nos induzem a direções múltiplas e nos indicam possibilidades tão infinitas quanto as estrelas a nos instigar o devaneio... sempre aguardando que nos esqueçamos de uma fugacidade para adentrar outra... sempre nos lembrando da nossa frágil constituição ou da nossa perversa humanidade.
O bater de asas das borboletas questiona para onde vamos... porque retornamos... ou o que existe do outro lado.
Qual lado? Não sei... não importa. Ou importa somente a quem se arrisca ou a quem se aventura ou ainda a quem decide romper as amarras. A quem vislumbra além da próxima esquina.
Podem ser todos os possíveis lados; todos os prováveis mundos a que estamos sujeitos; todos os infindáveis futuros a que nossas pequenas ações nos possibilitam.
A magia está em perceber qual trilha penetrar, qual palavra exprimir, qual sentimento ou pensamento valorizar.
E mesmo que as escolhas pareçam válidas, ou contextualmente verossímeis, acontece de um olhar se voltar e intuir que tudo poderia ser diferente... que tudo poderia estar em outras frequências.
Quem sabe se é o tempo que passa ou se somos nós que passamos por ele...
Quem sabe sobre o paralelismo a que estamos sujeitos ou em quantas singularidades poderíamos vivenciar, até mesmo simultaneamente. Experimentamos sensações, vibrações, impulsos... e tantos outros sentires que nos impelem, como marionetes vivas, a provarmos o gosto efêmero do limiar entre os dois extremos.
E quantas indizíveis expressividades pautamos na vida?
Ao nos percebermos conscientes, nem sempre nos damos conta da dimensão do que isto significa... nem sempre alcançamos a exata percepção do instante. E este pode ser desmesuradamente absurdo em seus devires... em tudo o que especulativamente se possibilita.
Determinar o que será depende da sensibilidade (ou não) do momento... da consciência do papel existencial, do domínio de talentos e das infindáveis escolhas.
Depois, o que acontece é somente uma espera... para realizarmos outras escolhas... prepararmos novos devires... rompermos novos horizontes.
Porque somos talhados para isso: romper horizontes e desbravar fronteiras, quaisquer que sejam elas, pois que cada um tem seu limiar a atravessar e este talvez seja o mais pessoal atributo de uma alma.
E estas fronteiras são também infinitas... como uma espiral que nunca acaba, que nunca cessa, mas que se abre em intensidades inebriantes e talvez até mesmo insuportáveis.
Luana Tavares
Parabéns pelo blog, por tudo.
ResponderExcluir“...cada um tem seu limiar a atravessar e este talvez seja o mais pessoal atributo de uma alma... “
Um grande abraço, Jurandi
Oi Jurandir, muito bom tê-lo por aqui, meu amigo!
ResponderExcluirÉ o que fazemos todo o tempo... rompemos nossas próprias fronteiras.
Abração!
Mamãe, embora eu não tenha entendido muito bem, você sabe que eu adoro textos de leituras difíceis e adoro Fronteiras! Beijo, mamãe! Bárbara
ResponderExcluirMinha linda!
ResponderExcluirE eu adoro ver vc comentando no blog!!! Você tem potencial para entender tudo o que está escrito aqui e em muitas outras singularidades. Lembre-se sempre de manter a mente aberta e as fronteiras se abrirão a você...
Tenho um orgulho maior que o mundo da minha filha!
Muitos e muitos beijos!
Mamãe