Eterna Paz
Como é bom adormecer
Com a consciência tranquila
As chuteiras penduradas
Depois do dever cumprido
Despertar num mundo livre
E despoluído
Onde tudo é só amor...
Com a consciência tranquila
As chuteiras penduradas
Depois do dever cumprido
Despertar num mundo livre
E despoluído
Onde tudo é só amor...
(Martinho da Vila)
O que quer que seja que te faz bem... que seja de todas as cores, formas e de todos os muitos sentidos de que pode transparecer.
Ampliada,
através dos espaços e permeada em múltiplos tempos ou em cada tempo subjetivo,
para que se possa conceber seu significado nos desejos entremeados de conexões
sutis de entendimentos.
Contemplada por todos que a compreendam à sua maneira, livremente, traduzindo tão somente o que cada um entenda, como uma passeata na qual apenas a cadência dos passos defina os horizontes descobertos de tudo o que ainda se desconhece. Assim, cada um a traria em seu ritmo, como se embalasse uma causa em sua luta.
Que
não seja jamais limitada a que quer que seja, nem mesmo pelos emblemas
dogmáticos, restritos à pequenez de um egoísmo utópico, que a esvaziam e a
profanam. Que não seja esgotada pela ausência de fé na profunda e irrevogável
crença da existência, mantendo-se íntegra em qualquer símbolo a que se apegue, mesmo
que apenas uma fraca luz a guie.
Que
seja propagada como uma onda que não se extingue, nos invadindo como um oceano
de beleza infindável e irrestrita e que não se banalize, como uma troca de pele
inconsciente, sem nexo, penetrando poros não conscientes de sua fundamental
importância, pois que nada se perde no vazio do universo reciclável.
Que
seja vermelha, espalhando energia em seus instintos mais básicos e
rudimentares, espargindo a vitalidade de tudo que se entenda através do calor
da vida e de sua sagrada perpetuação. Igualmente revitalizada pela acolhida suave
de tons alaranjados, vazando e canalizando energias através de divinos reflexos
pulverizados por inteligíveis canais.
Na
magnitude ondulante do amarelo, que se traduz e se manifesta na intenção do
equilíbrio e da qualificação da espontaneidade necessária à alegria da vida,
que seja brilhante como uma luz que também aquece. Assim como te quero na
abrangência emocional do verde que abraça os seres em sua incrível capacidade
de conferir amor universal a quem se dispõem a receber e unir pontos
diametralmente opostos em sua curvatura existencial.
Que
esteja lúcida em seu mais celestial azul, transmitindo pela fala dos deuses o
entendimento entre os homens, por todas as artes, por todas as melodias, por
todas as letras... por tudo o que traduz a mais refinada essência dos deuses em
nós. E por todos os olhos possamos vê-la na intuição de um azul ainda mais
forte, na esperança de que és possível, plena na orientação de todas as vias
pelas quais a visão divina penetra nas entranhas de todos os seres.
E que seu ilimitado arco-íris, revelado pelos prismas da condição humana, espraia violetas por aberturas imprevisíveis, permitindo que energias se atualizem e se assimilem em todos os aspectos e de todas as formas, por todas as convergências de elementos que se propõem um encontro.
Enfim,
que percorra todos os pontos inacessíveis da qualidade humana, todos os corpos
e todas as possibilidades. Que se manifeste plena e sensível, branca e dotada
de todas as suas cores. Que seus raios, ao tocar o horizonte, abram as
comportas dos sonhos de ouro onde se cultivam esperanças eternas e imortais em
suas essências.
Luana Tavares
Pôxa, amiga!! Muito apropriado o seu texto, diante da tanta violência a que a nossa bela cidade está sendo expostas nos últimos dias... O grito embargado em nossas gargantas é exatamente este: " Queremos Paz"! Sim, porque nós A merecemos, nossos filhos e nossos amados também.
ResponderExcluirVamos persistir na Fé! E a Paz, tão sonhada, tão desejada, tão almejada, chegará!
Beijos carinhosos!
Mirella.
Querida Mirella!
ResponderExcluirA ideia do texto me ocorreu quando participava da passeata "Niterói quer Paz"! Naquele momento, em meio aos protestos das pessoas e aos gritos pela Paz, olhei à minha volta e percebi o quanto ela se faz necessária nas singulares subjetividades, com suas cores e texturas, caminhos e intenções...
Façamos a nossa parte!
Beijos e um abraço apertado!
Lua