“E na luz nua eu vi...pessoas
escrevendo canções que vozes jamais compartilharam. E ninguém ousava perturbar
o som do silêncio”
(Simon & Garfunkel)
Existem sons que vem de algum lugar que não distinguimos. Até conseguimos ouvi-los, mas eles nos surpreendem como se fossem brumas sonoras a se espalhar pelo ar...
Essas ondas se espalham, penetram os sentidos e invadem expectativas, preenchendo entranhas e formando novos sonhos. Às vezes, formam delírios e transportam a outros mundos. Outras vezes, recordam instantes de êxtase que se propagam como impulsos a invadir destinos. Mas podem também massacrar como ferros, rasgando e ferindo, sepultando lembranças.
Esses momentos são como pérolas resgatadas que reverberam a concha que as abriga. Esses acordes iluminam os corações em sua mais íntima vibração, mas em segredo, de forma quase imperceptível, num ímpeto que ninguém consegue perceber e que não pode sequer ser expresso... talvez apenas a lágrima solitária, e nem sempre visível, os denuncie.
Mas são mesmo para serem velados esses momentos, pois não há o que verbalizar, a não ser pela emoção, pelo sentir oculto no sorriso e no olhar perdido, que ainda tenta captar e capturar o instante.

Que importa? Pois que não há absolutamente quase nada que substitua o incomensurável prazer de sentir a alma vibrar pela nota singularmente vital do supremo instante de beleza condensada na canção dotada de sentido.
Luana Tavares
Lindo!
ResponderExcluirLC
Muto bonito, Lu! Emoção mesmo!
ResponderExcluirSabe, Simone, foi coisa de mãe... aquele momento em que você sabe que de alguma forma tem que extravasar a emoção! Não sei se consegui por inteiro; há uma parte que sempre fica velada, guardada no íntimo que não se permite revelar. Mas fico feliz que tenha captado isso!
ExcluirBeijos da Lua!