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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Sobre a Lua


A Lua sempre me encantou... mas não por algo em especial e sim por puro fascínio. Na verdade, não saberia explicar exatamente o porquê... talvez simplesmente a entenda como se fosse um espelho da própria singularidade humana. A Lua é inteira, é metade, se oculta e transparece no seu próprio tempo, mas também reflete, provoca, inspira, desvanece.

Seu movimento preenche expectativas, controla colheitas, determina processos e desperta poesias... sem justificar ou se explicar, apenas concentrando a vida em suas fases e não se importando com as distâncias e as temporalidades.

Desde que seu brilho não seja ofuscado pelo vácuo insondável da simplória existência, ela se manifesta a quem puder senti-la e apreciá-la. Também partilha momentos de intimidade e introspecção, assim como aqueles de euforia e perdição.

Já presenciou dores e alegrias, discursos vãos e profundas falas de rua. Das sombras à plenitude, cumpriu seu destino de manter equilíbrio e instigar desafios, fluindo pelas transformações crescentes e cheias de significado. Mas também minguou e se renovou na aposta dos violeiros.

Na dança das marés, homens se debruçam em silêncio respeitoso à sua vontade, como se dela dependesse o destino dos mortais, na roda da fortuna governada por sua soberania e através de seu poder. Esta é a Lua que domina, que se impõem e não perdoa.

Mas a Lua, como a vida, sabe ser bela, onipresente, misteriosa... e permanece lá, da forma como a intuímos, envolta na névoa confusa da imaginação e da realidade fatídica que se manifesta. Suas rotações permitem eclipses e o depósito de nossas (in)completudes e nossos devires.

É a Lua... à disposição para olhares apaixonados, apreensivos, enigmáticos. E para os pulsares invisíveis da sintonia humana.

Luana Tavares

6 comentários:

  1. Muito profundo, comovente e verdadeiro!!!!
    Demais!!! adorei!!!

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  2. Olá Luana!!
    Seu texto reforça em mim a ideia da força que uma narrativa mítica possui, não só para dar sentido a essa nossa vida como também traze-lhe um pouco de cor neste cenáriodo dia-a-dia tão esmaecido em que vivemos. Parabéns pelo espaço, me farei presente sempre que possível. Aproveito, então, para tabém convidá-la a me viditar . Abraços!!!

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  3. Adorei, Luana.
    Estou conhecendo um lado seu que para mim é novo.
    Parabéns!!! Muito bonito. Sempre que possível visitarei.
    Beijos !!!!

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  4. Eu tinha feito um texto, mas não consegui postar aqui. Dizia algo assim: a Lua nos lembra que somos cíclicos e que devemos nos respeitar em nossas fases. A Selene guarda várias faces, mas não deixa de ser encantadora. Dá equilíbrio ao movimento da Terra, nos protege de impactos e rege o movimento hídrico. No final, somos 70% de água, nos rege mais que pensamos. Quando a Lua estava mais perto da Terra, as marés eram verdadeiras paredes de água que avançavam pelos continentes. Hoje, Selene mais distante, encontra-se lentamente se afastando de nós, mas ainda define os fluxos fluídicos, incluindo os ditos humores, mais do que percebemos. Lindo texto. Inacio

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  5. Amiga, aqui estou! Vou acompanhar de perto seu sucesso, que, tenho certeza, é o seu blog.

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  6. Belíssimo texto. sempre admirei a lua. Ela também exerce esse fascínio sobre mim... vai se saber porque, né??

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