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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sons da alma



E na luz nua eu vi...pessoas escrevendo canções que vozes jamais compartilharam. E ninguém ousava perturbar o som do silêncio” 
(Simon & Garfunkel)


Existem sons que vem de algum lugar que não distinguimos. Até conseguimos ouvi-los, mas eles nos surpreendem como se fossem brumas sonoras a se espalhar pelo ar...
Essas ondas se espalham, penetram os sentidos e invadem expectativas, preenchendo entranhas e formando novos sonhos. Às vezes, formam delírios e transportam a outros mundos. Outras vezes, recordam instantes de êxtase que se propagam como impulsos a invadir destinos. Mas podem também massacrar como ferros, rasgando e ferindo, sepultando lembranças.
E há os sonhos que cristalizam o momento, não permitindo que o tempo caminhe... ou talvez apenas o torne lento o bastante para que seus passos sejam marcados pelo deleite de um clímax anunciado.
Esses momentos são como pérolas resgatadas que reverberam a concha que as abriga. Esses acordes iluminam os corações em sua mais íntima vibração, mas em segredo, de forma quase imperceptível, num ímpeto que ninguém consegue perceber e que não pode sequer ser expresso... talvez apenas a lágrima solitária, e nem sempre visível, os denuncie.
Mas são mesmo para serem velados esses momentos, pois não há o que verbalizar, a não ser pela emoção, pelo sentir oculto no sorriso e no olhar perdido, que ainda tenta captar e capturar o instante.

Os sons da alma são os sons do mundo sensível aos que se dispõe a ouvi-los... quem sabe por aqueles que se apaixonam, pois que é preciso silenciar o corpo e entreabrir algumas portas secretas para deixar entrar o que vibra somente em ressonância com sentimentos mais sutis ou mais sublimes; ou podem ser sentimentos fortes e dotados de um poder tamanho que seriam capazes de mudar cursos... da história, dos destinos singelos ou daqueles que intencionam mudar o mundo.
Que importa? Pois que não há absolutamente quase nada que substitua o incomensurável prazer de sentir a alma vibrar pela nota singularmente vital do supremo instante de beleza condensada na canção dotada de sentido.

Luana Tavares

3 comentários:

  1. Respostas
    1. Sabe, Simone, foi coisa de mãe... aquele momento em que você sabe que de alguma forma tem que extravasar a emoção! Não sei se consegui por inteiro; há uma parte que sempre fica velada, guardada no íntimo que não se permite revelar. Mas fico feliz que tenha captado isso!
      Beijos da Lua!

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