“Não foi o homem quem teceu a
trama da vida: ele é meramente um fio seu. Tudo o que ele fizer à trama, a si
próprio fará”.
(Cacique Seattle, da tribo Suquamish)

Às
vezes, ao contrário, a vida aposta em labirintos, na busca de ensaios e brechas
por onde se espremem sonhos inconfessáveis. Sonhos de um desfazer, de isolamento,
de uma perda que se esvai...como que exalando aquela sensação incômoda de que
há algo fora do lugar, tal como uma nota dissonante ou uma cor fugidia da
palheta inundada de nuances imprevisíveis.
São
tênues os fios que mantêm as estruturas estáveis e eles podem se romper a
qualquer instante, abrindo as comportas da superficial sanidade que nos define.
Imersos nas densas e alucinadas brainstorms
que castigam, contínua e severamente, as frágeis conexões, eles se
constroem e nos induzem às vastas e profundas loucuras a que nos sujeitamos na
execução dos dias. Com sorte, a loucura se apropria do ser e derrama sobre ele
as bênçãos da inconsequência libertadora. Assim, se nos oferece a oportunidade
de penetrarmos cada vez mais em direção a destinos imaginários, repletos de
ilusões e fantasias.


Porquês
não são sempre determinados ou determinantes e, assim, pouco importa por qual direção
da encruzilhada seguir. Vale mesmo o percurso, o risco do precipício e a altura
aparentemente instransponível da montanha. Pois, na realidade, não temos como
saber sobre meios ou fins antes do início da trilha e qualquer uma dará em
algum lugar e em algum tempo... qualquer tempo ou no tempo de cada um,
especialmente daqueles que não se subtraem a prazeres e dores ou a dor dos
prazeres ou aos prazeres da dor.
Luana
Tavares (maio/14)
Olá Luana!
ResponderExcluirParabéns pelo texto! Ficou muito bom!
Abraço!
Miguel Angelo
Obrigada, amigo Miguel!
ResponderExcluirSempre um prazer contar com sua visita.
Abração da Lua!